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Sadomasoquimo

Hoje trazemos um tema clássico para toda rodinha de piadas sobre sexo – o Sadomasoquismo, tema sobre o qual muito se fala, mas pouco se faz ou sabe. Veja se não reconhece o diálogo abaixo:

 

“Ah, é aquilo de sadomasoquismo, né?!”

“É, sadismo e masoquismo!”

“Sadismo é qual mesmo? Aquele que gosta de sentir dor?”

“É, humm.. ahn, um gosta de dor e o outro de causar dor. Não sei bem qual é qual, mas é isso aí!”

 

Todo mundo já participou de uma conversa como essa ou pelo menos ouviu algo nessa linha, não é? Pois bem, então vamos com um pouco de informação para que esse diálogo possa se desenvolver e ser um pouco mais aprofundado:

O sadomasoquismo é a relação entre prazer e dor e o termo é sim a combinação entre comportamentos sádicos e masoquistas, na qual:

  • Sadismo – refere-se a sentir prazer em proporcionar dor
  • Masoquismo – refere-se a sentir prazer em sentir dor

 

Sadomasoquismo – Conceitos e Informações

Uma informação importante é que o termo não se referencia diretamente a uma condição patológica ou a algum distúrbio, como se costuma pensar. O comportamento só é considerado doença quando a prática sadomasoquista se torna uma condição para que a pessoa sinta prazer no sexo ou cause real sofrimento aos envolvidos.

Outra informação essencial para a compreensão do conceito é que o sexo não está necessariamente envolvido, o foco do comportamento sadomasoquista são as relações de poder, dominação e submissão e o sexo é apenas uma das situações em que essas relações pode ser experienciadas. Um contexto similar às práticas BDSM, por exemplo.

Aí chegamos a mais um fator relevante – a relação Sadomasoquista e o BDSM. As práticas BDSM são em muito baseadas na proposta e comportamento sadomasoquista, mas o sadomasoquismo pode se expressar e ser experienciado de uma forma muito mais amplas que as propostas mais comumente abordadas pelo BDSM, que também, por sua vez, pode ter ou não relação direta com o sexo.

Ou seja, é possível vivenciar experiências sadomasoquistas que não envolvam Bondage, por exemplo. Mas o Bondage é uma prática baseada no desejo sadomasoquista.

O que é sadomasoquismo?

Como citado, o sadomasoquismo, também chamado de S&M, é definido pela busca de prazer através da dor, não necessariamente em contextos sexuais. Muitos atribuem o comportamento à libertinagem dos tempos modernos, mas isso não tem relação nenhuma com a verdade. Os termos sadismo e masoquismo são oriundos do final do século XIX, cunhados por um psiquiatra austríaco chamado Richard Freiherr von Krafft-Ebing na publicação de seu livro Psychopathia Sexualis.

À época, o comportamento era percebido como patológico e isso perdurou até muito recentemente. Somente em 2018 a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou o sadomasoquismo da lista de diagnósticos psiquiátricos, além de passar a distinguir as práticas sadomasoquistas consensuais das não consensuais, avaliando ainda os danos inerentes da prática aos próprios envolvidos ou a terceiros.

Com isso, hoje o sadomasoquismo é visto como uma prática saudável e aceitável – dentro de seus limites morais e de integridade física – e, apesar de forte variação nos resultados e difícil avaliação por ser ainda um tabu da sexualidade, pesquisas apontam que entre 5% e 25% das pessoas mantêm práticas sexuais envolvendo dor, dominação ou submissão em seu cotidiano.

O termo sadismo e o estigma relacionado a ele são decorrentes do Marquês de Sade, escritor francês do séc XVIII que inseria em suas obras ilustrações de práticas sexuais bastante libertinas e que infligiam claro sofrimento aos participantes. O questionável comportamento do homem que emprestou seu nome à prática deixou a forte carga negativa sobre essa tendência comportamental, que depois passou a ser cada vez mais percebida também em indivíduos com comportamentos completamente dentro dos padrões sociais, desvinculando as duas situações.

Já o termo masoquismo é um efeito da obra de Leopold von Sacher-Masoch, jornalista austríaco do séc XIX autor do conto Vênus em Peles, no qual trazia fantasias sexuais, incluindo relatos que colocavam a mulher como dominante no ato sexual. Masoch era tão adepto da prática que assinou um contrato se submetendo à condição de escravo sexual de sua esposa por 6 meses.

O comportamento e os gostos de ambos chocaram (e ainda chocam pelo extremismo associado) a sociedade e por isso ganharam a responsabilidade por dar nome a gostos até então inimaginados publicamente, mas, na verdade, foram apenas representantes de uma parcela da população que compartilha as mesmas tendências de busca por prazer e mantém estilos de vida bastante corriqueiros e nada problemáticos.

 

Regras e Práticas do Sadomasoquismo

Assim como no BDSM, um fator relevante para as práticas sadomasoquistas atuais é o consenso. Os papeis dos envolvidos costumam ser definidos previamente e podem variar conforme desejado. Essa troca pode não ser tão comum pelo perfil de cada praticante, geralmente, os sádicos, também conhecidos como sadistas, assumem o papel de dominador e os masoquistas, o de submisso e não têm interesse em vivenciar o outro lado, mas caso haja, a troca é livre!

Se você ainda estranha a relação entre dor e prazer, saiba que a sensação de prazer usando a dor como gatilho não é completamente inusitada. Em termos científicos, isso é explicado pela alteração hormonal – quando o nível de cortisol cai e o nível dopamina sobe com os estímulos que causam dor física.

Os gatilhos para gerar dor mais comuns entre os sadomasoquistas são o Bondage (olha lá ele!), o Spanking (tapas com palmatórias, com chicotes, com as próprias mãos ou objetos quaisquer) e Asfixia (geralmente com um saco na cabeça, ao estilo sequestros sensacionalistas da dramaturgia – não à toa, pois a prática é muito mais dramática do que violenta).

Entre os acessórios mais usados estão saltos finos (para pisar no parceire), velas para causar sensação de queimação com o fogo, pregadores corporais, algemas, cordas e coleiras.

Vai dizer que você nunca teve uma fantasia com alguma dessas práticas e/ou acessórios? Talvez o sadomasoquismo não esteja assim tão distante!

 

Experimentando no Sexo!

Agora que você já sabe tudo isso, pode até se sentir tentado a experimentar. O primeiro passo e mais primordial é, claro, encontrar um parceire disposto. Você já pode imaginar que essa tarefa não é das mais fáceis, já que as práticas são bastante exóticas e mal recebidas por boa parte da população, mas com as informações que você detém e pesquisas que fará, pode suavizar o tema e propor ao parceire umas tentativas suaves.

Depois de conseguir o concorde, uma boa dica é definirem juntos o tom da brincadeira, algumas perguntas para ajudá-los a chegar nessa definição:

  • quais brincadeiras são interessantes para nós?
  • até que ponto podemos ir?
  • como saber quando devemos parar?

Uma espécie de regulamento e palavras de segurança para garantir que a experiência seja positiva e prazerosa do início ao fim! Sexo, inclusive o sexo sadomasoquista, só é bom quando gera prazer para todos os envolvidos! Mantenha sempre essa regra na cabeça e curtam todas as experiências que puderem!

Para fechar, deixaremos algumas sugestões de suítes ideais do Motel Tarot para experimentar e expressar todo o seu ímpeto sexual e sensual:

 

Foto de suíte com painel erótico do Motel Tarot.

Para testar práticas mais ousadas na hora H, uma suíte bem preparada faz toda a diferença!

 

Imagem Destacada por Pars Sahin via Unsplash

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