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SexTech

Muito já debatemos por aqui sobre as tendências sexuais, os maiores tabus sobre sexo que encontramos na socidade e as grandes dificuldades que todo indivíduo enfrenta para vivenciar o sexo ao longo da vida. Mas você já parou para pensar em como será o sexo do futuro?

O que você pensaria se soubesse que há estudos que indicam que o futuro do sexo será baseado em interações com um robô?

Futurismo, né? Pois esses estudos existem! Eles apontam que sexo com robôs será um evento habitual para 1/5 dos jovens. E essa previsão é para uma realidade não tão distante assim: o ano será 2045. Sim, em apenas 2 décadas o sexo com robôs já será normalizado. E você duvida?!

 

Sexo com Tecnologia

Se o sexo passou por séculos de condenação social e era relegado ao casamento e outras convenções morais, essa realidade já não é assim mais tão restrita. Há diversos elementos externos que já invadiram o ambiente sexual e tornaram-se completamente normais, alguns exemplos são a própria história dos motéis e a inclusão da tecnologia no sexo.

Mas até que ponto a presença da tecnologia no sexo é hoje considerada normal? Vejamos alguns casos.

Um dos muitos usos da tecnologia no univeso amoroso e sexual é como ferramenta de casais que lidam com a distância. A própria pandemia intensificou esse processo e tornou muito mais normal e aceitável que não apenas a relação afetiva continuasse com a ajuda das muitas redes sociais e mecanismos de videochamadas, mas também o sexo. Inclusive essa foi uma de nossas dicas para manter a paixão em tempos de pandemia!

A interação virtual fica a cada dia mais real por conta da qualidade das chamadas e dos vídeos conforme a tecnologia se desenvolve. Em alguns casos, essa interação se torna tão real a ponto de a pessoa se apaixonar pelo vídeo. Um desses casos foi o de Akihiko Kondo, que manteve um relacionamento com um holograma, a cantora de realidade virtual Hatsune Miku. O romance chegou até o matrimônio, que contou com uma cerimônia para 40 convidados ao custo de mais de 15 mil euros.

Akihiko Kondo pleiteia ser parte de uma minoria sexual, pois afirma não ter interesses sexuais, mais sim afetivos, com sua esposa, uma boneca de pelúcia. O desinteresse de Kondo em interações sexuais já era um fato longos anos antes do casamento e foi originado com um caso de abuso sexual sofrido por ele.

Já abordamos outros casos semelhantes de pessoas sem interesse em relações sexuais com seus parceiros, apesar de nutrirem fortes relações afetivas em Pessoas Assexuais.

O caso de Akihido Kondo repercutiu mundialmente e, é claro, gerou inúmeros debates e críticas, mas a coisa não para por aí! O “certificado de matrimônio” foi expedido pela empresa criadora do holograma e, de lá pra cá, já foram expedidos mais de 3.700 certificados como o do irreverente casal.

 

SexTech – Uma Realidade Surreal

É claro que o caso relatado está ainda muito longe de se tornar a regra, mas há situações similares que estão começando a ganhar o mercado e geram críticas tão ou mais incisivas. Um deles é o caso de Harmony, a boneca inflável que tomou vida – ou quase.

Harmony é um robô sexual com características físicas customizáveis pelo cliente que estava em desenvolvimento desde 2016 e foi lançada no mercado – ou seja, disponível para compra – em março de 2019. O robô, além de extremamente realístca em termos estéticos, é capaz de falar e fazer expressões faciais programáveis. O segundo lote da boneca já contaria com câmeras nos olhos para reconhecimento de objetos, sensores táteis e ainda outras facetas.

O funcionamento (ou a vida) da boneca se dá através de conexões bluetooth, wi-fi e, claro, inteligência artificial. Segundo a empresa, a intimidade da relação entre o cliente e a boneca é garantida pela capacidade do robô de aprender os fatores comportamentais de seu companheire (ou cônjuge?), como preferências, humor e padrões de comportamento.

Para tornar a experiência ainda mais real, a empresa afirma que já está desenvolvendo otimizações físicas para a boneca, como mais sensores táteis, aquecedores internos e compartimento de fluidos, simulando as reaçoes típicas de uma relação sexual em carne e osso. Além da Harmony, a empresa já vem investindo também em Henry, a versão masculina da boneca. Em Henry há um trabalho mais elaborado em termos psicológicos, com conteúdos mais complexos que as interações de Harmony, inclusive sendo configurado para que consiga lidar com pessoas que tenham tendências suicidas.

A empresa afirma que os robôs têm um perfil de público mais velhos, com histórico de problemas em relacionamentos e/ou viúves, ou seja, pessoas com interesse não só sexual, mas também de conexão emocional, por isso a tentativa de incluir traços de personalidade no avatar e sensibilidade com certos gatilhos psicológicos. Além disso, há também o cuidado de contemplar o universo de identidade de gênero e sexualidade, estes ainda não plenamente desenvolvidos, mas dentro do escopo da empresa, além das questões de diversidade física nos bonecos.

Não é que essa brincadeira pode acabar trazendo também bons frutos para a sociedade?

E parece realmente que a brincadeira veio para ficar: além de Harmony e Henry, há também Emma, Samantha.. outros robôs sexuais que figuram por aí.

 

Enfim, a Realidade

Com a descrição desses cenários é até difícil imaginar esse futuro, mas as previsões de mercado consideram o SexTech um setor extremamente potencial: estima-se que em 20 anos (o mesmo prazo esperado para que 1/5 dos jovens já sejam adeptos do sexo com robôs) o mercado de robôs sexuais tenha triplicado e, em 2050, multiplique-se por 7.

A verdade é que as primeiras barreiras para o surgimento dos digisexuais (pessoas que fazem sexo quase exclusivamente com máquinas) já foi quebrada com eventos pontuais e, sejamos honestos, assustadores, como o casamento de Akihiko Kondo e Hatsune Miku. Já vemos também essa hipótese sendo explorada em filmes e séries como Her e Westworld. Alguns episódios de Black Mirror também oferecem algumas sugestões de como será feita a transição do sexo convencional para o virtual.

O sexo está mudando. A sociedade está mudando. A tecnologia vem dominando todos os nossos hábitos e rotinas. Será que ela realmente intercederá por nós até mesmo no sexo?

Imagem Destacada por Enrique Meseguer via Pixabay

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