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Frequência Sexual

Já falamos aqui como a rotina é um dos principais fatores de crise em um relacionamento de longo prazo. Já demos dicas de como incluir pequenas surpresas no convívio do casal para minar qualquer chance de cansaço e morosidade na relação, como Aulas de Dança a dois, dicas para preparar uma Noite Romântica e até como usar a visitinha ao motel para dar um boom no cotidiano.

Para além das surpresas pontuais, há também maneiras de trazer um novo olhar sobre sexo, romantismo e relacionamento, absorvendo no dia-a-dia conceitos do Tantra, prestando atenção à Energia Sexual das pessoas com que se relaciona, ampliando o leque de Brincadeiras Sexuais ou até mesmo revendo o conceito de sexualidade e percebendo que Sexo é Saúde!

Desenvolver um olhar atento sobre a sexualidade pode ajudar muitas pessoas a vencer medos, traumas e superar tabus que ditam ainda as regras da sexualidade humana. Uma delas, por exemplo, trata de uma das maiores polêmicas que temos: a Frequência Sexual. A ideia que vigora ainda é a de que a alta quantidade é fundamental para uma vida plena e feliz, estimulando pessoas a se gabarem de como têm acesso fácil ao sexo e como garantem uma performance impecável na cama em toda transa.

Sabemos bem como esse ideário é uma falácia! A verdade é que a relação humana com o sexo saudável passa longe de quantidade e performances de impressionar. A pressão que esse tabu exerce é, na verdade, prejudicial e até impeditivo para gozarmos de uma sexualidade saudável. As conclusões da pesquisa de Seth Stephens Davidowitz trazidas em Autoimagem e Sexo já nos mostraram o quanto o desequilíbrio entre o imaginário e a realidade podem afetar a saúde emocional e sexual das pessoas.

O Bom do Sexo – Realidade vs Imaginário

O ideário coletivo que nos estimula a correlacionar a satisfação com um comportamento sexual quase selvagem tem muito pouco a ver com a realidade da sexualidade das pessoas – essa é, aliás, a raiz de todas as críticas à indústria pornográfica, que tende a dar espaço a situações quase inimagináveis em um encontro sexual e acaba por reforçar objetivos quase utópicos em seus telespectadores.

O problema é que, seja consumindo pornografia ou ouvindo as piadas sexistas nas rodas de amigos e parentes, as pessoas criam expectativas sexuais fora da realidade, idealizando que para ser um parceire sexual ideal é preciso ser um verdadeiro garanhão na cama e estar pronto e buscando por sexo a todo e qualquer momento.

Cenário que é quase impossível de se encontrar na vida real. A verdade é que o desejo e apetite sexual das pessoas é extremamente variado, tanto de pessoa para pessoa quanto comparando uma mesma pessoa em momentos diferentes da vida. Alguns sentem vontade de manter relações diárias, outros têm desejo sexual apenas uma ou duas vezes na semana. Há pessoas que encontram a satisfação no sexo (e não estamos falando em orgasmos, mas sim o deleite de aproveitar o momento) em transas de 20, 30, 40 minutos, outros preferem relações rápidas, intensas e objetivas. Há ainda quem goste de ambas, a depender da vontade no momento.

Essas variações são completamente normais, saudáveis e esperadas, mas muitos fantasiam tanto baseados em expectativas altíssimas que não conseguem nunca encontrar a confiança necessária para gozar de uma sexualidade saudável e satisfatória e estão sempre inseguros na hora H, apenas cumprindo a frequência sexual que acreditam ser necessária e nunca realmente se satisfazendo com o sexo.

Por óbvio, isso não é bom nem para a pessoa, muito menos para quem se relaciona com ela, criando sempre um descompasso nos relacionamentos, sejam afetivos ou sexuais que a pessoa possa ter.

Como, então, podemos superar a pressão exterior e entender qual é nosso próprio objetivo e intenção com o sexo?

Frequência Sexual

Primeiro, é preciso conhecer sua própria sexualidade. Pergunte-se!

Você realmente tem desejo de transar todos os dias ou está sendo influenciado pelas regras sociais? Você realmente gosta de relações rápidas e diretas ou tem medo de ser considerada uma pessoa devassa por se divertir com o sexo? Você está realmente satisfeito com as mesmas posições e brincadeiras ou não se sente à vontade para inovar com o parceire?

Normalmente olhamos para nossa sexualidade sob um olhar padronizado e esquecemos de levar em consideração nossa individualidade. Muito provavelmente você e seu(s) parceire(s) terão níveis de desejo e disposição sexual diferentes um do outro, pois cada indivíduo tem sua própria sexualidade, variando em intensidade, frequência, horários e períodos da vida em que a libido sobe e desce.

Pior ainda é tentar se comparar a outros casais. Se já é difícil encontrar um parceire que tenha níveis de desejo e libido compatíveis com os seus, imagine encontrar outro casal que tenham hábitos sexuais similares aos seus e de seu parceire?! A comparação é sempre prejudicial à saúde emocional e também à nossa sexualidade.

Forçar relações porque “é preciso fazer sexo n vezes por semana” trará insatisfação, frustração com a performance sexual (tanto sua quanto do parceire), afetará a capacidade de desfrutar e sentir real prazer no sexo e, em quadros recorrentes, pode prejudicar a autoestima dos envolvidos, já que, mesmo tendo sexo regularmente, a satisfação nunca vem.

A dica de ouro para alcançar a satisfação plena no sexo é: esqueça a ideia de Frequência Sexual Ideal e tente tornar sua vida sexual algo natural e orgânico. Preste atenção aos estímulos e reações sexuais no seu corpo e mente e esteja aberto a desfrutá-las, sempre que for um momento propício para tal.

 

Vida Sexual em Casal

Uma vez conhecidos os seus próprios padrões sexuais, é essencial que haja diálogos frequentes e sinceros com o(s) parceire(s). Em uma relação, muitas vezes acabamos transando mesmo sem estar com o tesão em alta, apenas por não saber como se posicionar ou não querer demonstrar desinteresse ou chatear o outro. Não queremos decepcionar o parceire nem deixar a relação esfriar, achamos que um sexo bem feito pode curar a preguiça ou desânimo do dia-a-dia.. outro tabu social que pode atrapalhar e muito nossa sexualidade. Seja qual for o motivo, não é raro toparmos a interação sexual sem estarmos realmente no clima.

Essa boa intenção pode ter o efeito reverso! Afinal, sejamos sinceros: é perceptível quando o parceire não está com aquela vontade toda, não é?! Transar por transar muitas vezes faz com que a qualidade da relação caia, o prazer em fazer sexo diminuia e o que deveria ser o clímax da relação acabe se tornando um peso para o casal.

Esteja aberto para falar e ouvir. Busquem um consenso. Aceitem que a libido humana é influenciada por diversos fatores e varia de acordo com as fases da vida. Não é porque o parceire tem sentido menos vontade de transar ultimamente que há necessariamente um problema na relação, pode ser a rotina corrida, o foco nos objetivos profissionais e pessoais, a idade avançando e o cansaço chegando, efeitos de uma alimentação desequilibrada, falta de exercícios físicos… há uma infinidade de razões. Razões essas que muitas vezes nem tomamos consciência e só serão descobertas com conversas sinceras e abertas.

O primeiro passo para ter uma vida sexual satisfatória é manter sua saúde emocional e mental em dia! Conheça-se, conheça seu parceire, dialoguem. Vivam a sexualidade plena!

O Motel Tarot está a disposição para recebê-los durante essa jornada de descobrimento! Que tal dar uma olhada em nossas sugestões e escolher o ambiente perfeito para manter a chama sempre acesa na relação?!

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Texto originalmente postado em 13/02/2020 e atualizado em 13/08/2021.

Imagem Destacada por rawpixel.com via br.freepik.com 

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