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Solossexualidade

Muito se fala aqui sobre a sexualidade e como manter uma vida sexual ativa, saudável e prazerosa. Já falamos sobre algumas das distintas classificãções sexuais também, de bissexualidade até assexualidade. Mas e quando o desejo sexual e libido se mantêm, porém não são realizadas na companhia de outra pessoa, mas sim, na própria companhia?

Essa ideia te parece estranha? Então vamos te contar do que se trata!

 

Solossexualidade

A solossexualidade se caracteriza basicamente pela autossuficiência tanto emocional quanto sexual. São pessoas que não se reconhecem em nenhuma das caracterizãções básicas que temos normalizadas na sociedade atualmente, não são heterossexuais, não são homossexuais, não são bissexuais, tampouco são assexuais. Tais pessoas sentem tudo aquilo que todos nós sentimos em relação a afeto, carinho, desejo e libido – com a diferença de que não manifestam isso em relação a outras pessoas, mas sim, consigo mesmos.

Na prática, solossexuais preferem a masturbação à interação sexual com outra pessoa. É claro que essa não é uma regra rígida e eles podem, eventualmente, engajar-se sexualmente com parceires, mas essa não é a sua conduta típica. Tais pessoas não têm o ideal comum de encontrar um grande amor ou manter um relacionamento estável e sólido ao longo da vida. Preferem a vida independente tanto em termos emocionais, afetivos e sexuais.

As tentativas de explicação para essa condição são variadas, há grupos que defendem que a solossexualidade pode ser engatilhada por traumas e frustrações, seja de cunho sexual ou afetivo, fazendo com que o indivíduo não consiga confiar na interação com outras pessoas. Há inclusive o posicionamento de que a preferência por masturbação à interação sexual com um parceiro deve ser entendida como um sinal de uma questão psicológica que mereça atenção.

Outros argumentam que a solossexualidade possa ser uma corrente vanguardista do desenvolvimento da sexualidade humana, que, já superado o objetivo originário de procriação, pode muito bem evoluir para a não dependência da presença de outra pessoa para a própria satisfação, ideia que já é defendida com a questão da masturbação e autoconhecimento do corpo e preferências sexuais.

Há quem opine que a solossexualdiade pode ser também uma preferência temporária, que sirva bem como uma fase de transição, de avaliação de si mesmo, de seus próprios gostos, necessidades e desejos, criando um espaço seguro e confortável para que o indivíduo aprenda a estar consigo e desenvolver sua independência e autossuficiência, seja emocional, afetiva ou puramente sexual.

Outros argumentam ainda que a sugestão de que a solossexualidade seja uma resposta a traumas ou passageira é apenas uma forma de tentar negar sua existência, desrespeitando seus praticantes e ignorando sua capacidade e direito de escolha de suas condutas sexuais.

A verdade é que o que sabemos até agora é, basicamente, que a solossexualidade existe e é uma possibilidade interessante para um número ainda diminuto de pessoas, mas que começa a ganhar reconhecimento e deve, obviamente, ser respeitada como todas as demais questões da sexualidade.

 

Sexualidades não definidas

Se os solossexuais não são categorizados como assexuais, vale mencionar que há ainda uma categorização que fica entre os dois extremos, ou seja, um meio termo para pessoas que não mantêm interesses sexuais constantes, mas também não se reconhecem como pessoas completamente assexuais: são eles os grayssexuais.

A nomenclatura tem origem na palavra gray, que, em inglês, nomeia a cor cinza, rementendo à expressão “área cinzenta”, que denota um ideário de subjetividade, de indefinição (seria o contrário da expressão “preto no branco”, que significa aquilo que está bem definido, que é claro, obtuso, definitivo). Portanto, a grayssexualidade é a denominação para pessoas que não têm sua sexualidade bem definida, que sentem atração sexual ou desejo em momentos esporádicos e contextos variados, sem um padrão específico.

Há ainda outras definições que podem se associar tanto à solossexualidade quanto à grayssexualidade: sex positive, sex neutral ou sex repulsed. Sex positive representam aqueles que gostam e sentem prazer com o sexo; sex repulsed representam aqueles que não sentem prazer, mas sim repulsa ao sexo. Já sex neutral representam as pessoas que consideram o sexo neutro, normal, nem bom, nem ruim. Essa classificação específica pode ajudar a compreender as categorizações abordadas nesse artigo.

Um solossexual ou um grayssexual pode até ter relações sexuais esporádicas com outras pessoas, mas não tem a intenção de manter essa condição como padrão em sua vida cotidiana, não encara as interações sexuais como parte integrante da vida nem sentem necessidade de buscar por parceiros sexuais para ter seu desejo satisfeito.

 

Diversidade Sexual

Lembrando que há ainda diversas outras formas de manifestação da sexualidade humana e você pode encontrar explicações mais profundas sobre algumas delas em Caracterizações Sexuais, em Por Que Fazemos Sexo? e ainda em Pessoas Assexuais.

Se você se identifica com alguma das descrições ou não compreende a sua sexualidade, é altamente recomendado que busque a Cartilha de Diversidade Sexual do seu estado ou região e entre em contato com os órgãos de apoio nela referidos para buscar orientação e suporte. Viver uma sexualidade saudável é direito de todos e toda forma de manifestação sexual deve ser compreendida e respeitada!

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Imagem Destacada por Stefano Pollio via Unsplash

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