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Higiene Íntima

Quais são os seus cuidados com a região íntima? Eles são de fundo higiênico, estético ou de saúde?

Pois é, o cuidado com a região íntima sempre foi uma preocupação recorrente na vida de muitas pessoas, mas nem sempre essa preocupação considera que os cuidados devem, a um só tempo, atender aos 3 quesitos.

Isso mesmo, os 3 aspectos são de fundamental importância para que as pessoas possam vivenciar a sexualidade de uma maneira saudável e prazerosa e o excesso de zelo com qualquer um dos cuidados – seja higiene, estética ou saúde – pode resultar em malefícios invés de benefícios para o indivíduo.

Entendamos isso um pouco melhor a seguir.

 

Higiene Íntima Sem Neura

A aparência dos órgãos genitais e da região íntima como um todo é uma questão que gera insegurança em muitas pessoas e, na tentativa de deixar as áreas com o melhor aspecto possível (ou cheiro!), algumas pessoas exageram nos cuidados e acabam por criar um ambiente propício ao desequilíbrio dos micro-organismos na região, aumentando as chances de infecções e doenças.

Por outro lado, a falta de atenção com a higiene local também pode causar desequilíbrios e desencadear a manifestação de outras infecções e doenças.

Parece confuso e sem saída, mas a grande chave ao falar de Higiene Íntima é evitar a neura! A maior parte dos erros e descuidos no cuidado com a região é proveniente dos infinitos tabus que envolvem a sexualidade humana. O sexo e todas as partes do corpo relacionadas a ele sempre são tratados com extremo pudor ou, por outro lado, até com certo escracho. Ambas as abordagens geram desconhecimento e falta de discernimento na hora de escolher os melhores métodos para cuidar das partes íntimas.

Portanto, o primeiro passo para ter uma higiene íntima mais eficiente é (como sempre) desmistificar os tabus e buscar informação de qualidade!

Buscando Informação

Desde crianças, somos bombardeados por informações tendenciosas sobre a região íntima. Quem nunca ouviu pais dizendo aos filhos que não podiam deixar as pessoas verem suas partes íntimas porque era feio? Ou que não podiam tocá-las porque eram sujas?

É claro que se deve ensinar às crianças que não se pode deixar as regiões íntimas à mostra ou ficar mexendo nelas em público e o motivo para isso é justamente porque são regiões íntimas, que devem ser tratadas em privacidade. Mas essa abordagem já inicia o ideário de que a região íntima é realmente algo feio, sujo, intimidador e que não deve ser olhado, mexido ou cuidado como geralmente é incentivado que se faça com as demais áreas do corpo.

Essa maneira “pudorizada” que aprendemos a tratar nossa região íntima é perpetuada ao longo da vida. Conforme crescemos, continuamos ouvindo e acreditando que essas são partes do corpo que devem ser blindadas, mas acabamos levando esse cuidado para além da privacidade e o cuidado, muitas vezes, transforma-se em censura.

Isso faz com que surja um forte desconforto em falar sobre nossos órgãos genitais, seja sozinhos, com nossos parceires, com nossa família, com amigos.. Mesmo quando estamos em um consultório médico, onde as dúvidas e questionamentos deveriam ser vistos com naturalidade, é difícil para a maioria de nós expor as questões com naturalidade e abertura para que possamos receber a informação que realmente queremos e precisamos.

A consequência é que a saúde íntima é ainda tabu para homens e mulheres em todo o mundo e isso acaba prejudicando a nossa relação com essa região do corpo, aumentando as chances de adotarmos hábitos nada benéficos para nossa saúde.

Assim, o primeiro passo para adotar hábitos de saúde e higiene íntima melhores é buscando informação! Mas como fazer isso?

 

Informação de Qualidade

De fato, essa não é uma tarefa assim tão simples. Como citamos, até mesmo dentro de consultórios médicos ainda rolam muitos tabus e preconceitos que dificultam a disseminação de informação de qualidade sobre a saúde íntima, seja por parte do paciente, que omite dúvidas e queixas, ou mesmo por parte do profissional, que não consegue criar um ambiente confortável o suficiente para que a conversa franca aconteça.

A dica aqui é pesquisar. Pesquisar, pesquisar e pesquisar.

Vivemos na era da informação, o que nos leva a viver também na era da desinformação. Quanto mais informação circula, mais fácil é se confundir com tamanha disponibilidade e variedade de posicionamentos e opiniões. Para fugir desse dilema, é preciso buscar referências variadas e até contraditórias, facilitando com que surjam as dúvidas e possamos ir, então, pesquisar por mais respostas.

É um caminho fácil? Não, mas é melhor que manter hábitos que causam desconforto, insegurança e, até mesmo, possam prejudicar a saúde e bem-estar.

Por isso, apesar de ser o que muitos esperam, esse texto não trará dicas de como melhorar a sua higiene pessoal, pois acreditamos que essas dicas precisam ser adequadas para a realidade e necessidade de cada um e devem ser feitas por profissionais capacitados a indicar os melhores caminhos. Portanto, essa curadoria de informações precisa ser feita por cada um de nós e contar com referências em cada área específica da nossa intimidade.

Imaginário Genital

O que podemos trazer aqui é um alerta sobre o imaginário genital que temos na sociedade.

A cultura predominante propõe uma imagem muitas vezes irreal da área íntima, como uma região seca, sem pelos, sem odores e corrimentos. Mas essa imagem não condiz com a realidade de uma região genital saudável e isso impacta em um excesso de limpeza da região, principalmente entre as mulheres, na tentativa de impedir qualquer umidade ou cheiro, que muitas vezes são, na verdade, sinais de saúde e normalidade.

Entre os homens também recaem uma série de tabus, mas a maioria geralmente leva ao cenário oposto. Cuidados com a região íntima costumam ser taxados como falta de virilidade e levam ao descaso no cuidado e higiene da região. As consequências podem ser também muito graves, levando, em casos extremos, até mesmo à amputação do órgão genital.

A verdade é que nem o excesso de “limpeza” nem o descuido são aceitáveis do ponto de vista médico e o ponto principal para acertar a mão é entender qual o aspecto e as condições reais que devem ser esperadas da região íntima – qual o aspecto, textura, cores, cheiros e formatos que indicam uma genitália saudável? Quais são os sinais de que algo está fora da normalidade?

É através desse crivo que devem ser determinados quais os cuidados a região realmente exige – e esses cuidados podem inclusive variar de contexto para contexto.

Higiene Íntima – Autoconhecimento e Autocuidado

E aí, como você se sente em relação às suas partes íntimas? Tem vergonha de mostrá-las ao parceire? Teme que o parceire estranhe o cheiro, cor ou formato? Tem receio de que algo possa estar errado e não sabe o que fazer?

Então estamos aqui para te garantir: todo mundo já sentiu algum desconforto ou insegurança em relação à sua intimidade em algum momento da vida. Ninguém está imune.

Para conseguir superar as suas questões e ter uma relação cada vez mais saudável, confortável e prazerosa com a sua intimidade é essencial que você se conheça. Saiba qual a condição de normalidade dos seus órgãos e consiga perceber com facilidade quando algum sinal de desequilíbrio surge.

Não é útil tentar comparar a sua região íntima com a de outras pessoas. Cada corpo é único e a região íntima de cada pessoa tem seu aspecto, formato, tamanho, cheiro e cor característicos. Conheça a aparência, o odor e as sensações que seu corpo tem e não tente forçá-lo a apresentar as características de outros corpos. Ao menor sinal de alteração, procure um médico e tire todas as suas dúvidas!

Apenas com a saúde em dia é possível aproveitar de todos os prazeres e maravilhas que nosso corpo pode nos oferecer!

Faça visitas regulares a seu ginecologista/urologista de preferência, busque sempre por mais informação com profissionais de sua confiança e esteja livre para aproveitar as delícias que o Motel Tarot prepara para você!

Foto panorâmica da Suíte Luxo 02 do Motel Tarot

Já conhece as suítes do Motel Tarot?!

 

Texto originalmente postado em 02/07/2020 e atualizado em 30/04/2022.

Imagem Destacada por Alexas_Fotos via Pixabay 

 

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